sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Talvez.

Talvez, quando todo aquele encanto acaba, você veja com mais clareza as decisões erradas. Talvez, mesmo após o fim ter chegado para o nós, o sentimento não se acabe e você se veja sem reação, sem saída. Talvez ai você veja que gostou de alguém de verdade e pense com arrependimento nas situações que te levaram ali. Talvez você não se arrependa, talvez você crie coragem e lute. Talvez você ganhe. Talvez perca. Talvez as coisas mudem. Talvez não seja pra melhor. Talvez você vire a esquina e se bata com alguém a quem não dará atenção, mas deveria. Talvez você conheça o amor de sua vida antes de amá-lo. Talvez você nem o encontre. Talvez você dê muita atenção a quem não merece. Talvez você troque alguém que te ama de verdade por quem não vale nada. Talvez você saiba disso, mas não aceite. Ou talvez você ignore. 
Talvez você devesse cuidar mais de quem tem ao seu lado hoje. Talvez você pense que não. Talvez você perceba isso, quando der por falta daquele carinho habitual, daquele sorriso acolhedor. Talvez você seja um completo idiota e vacile ainda mais. Talvez você abra seus olhos e perceba antes que seja tarde demais. Talvez, quando isso aconteça, você volte a errar, mesmo sem querer, e perca tudo de uma vez.
Talvez você ande muito na vida. Talvez você não aguente o tranco. Talvez você nem tente. Talvez você lute. Talvez tudo simplesmente aconteça.
Talvez você viva 100 anos. Talvez você não chegue a metade. Talvez você se apaixone perdidamente. Talvez não. Talvez, ao invés de se apaixonar, você ame. Talvez.
Talvez sinta falta daquelas pessoas a quem não deu valor e as queira de volta. E ai, bem, talvez seja tarde demais.
Bem, talvez não.

Tudo o que você faz, fez ou quer fazer é você. Faz parte de quem você é e do que você quer para sí mesmo. O entretanto desse assunto é que existem milhões de coisas para você fazer. E outras trezentas que podem acarretar de apenas uma escolha. Uma.
Tudo o que você escolhe hoje, te afeta amanhã. Tudo o que você quer hoje, pode mudar daqui a três segundos. É variável. É você.





Eu não quero ser algo imutável. Uma pessoa que sorri assim, fala assim e pensa daquele jeito. Eu quero aprender a todo momento, eu quero melhorar, quero viver, quero saber mais do que eu sei hoje amanhã. Eu tenho sede de mudanças. Tenho sede de aprender, de querer, de viver. 



Eu tenho sede de amor.

Eu quero acordar amanhã do mesmo jeito que hoje, isso quero. Porque eu gosto de quem sou, gosto do sorriso, do cabelo - nem sempre -, dos olhos... Eu amo meus olhos. Eu gosto das pequenas linhas que formam neles quando eu sorrio e de como eles se apertam e ficam pequenininhos.
Eu gosto disso. Mas eu quero mais.

Eu quero sempre mais. 

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Não abro mão.

(Um conselho, leia isso ouvindo: De janeiro a janeiro - Roberta Campos e Nando Reis ou Do lado de cá - Chimarruts.


Me deu vontade de falar sobre nada, é. 
Comecei a pensar um pouco no final das coisas, por esses dias. Não pelos motivos que chegam ao final, mas o que acontece após dele. Não é sobre o final de um namoro, embora eu ache que as condições se apliquem a ele também. Não é sobre o final da vida, pois, venhamos e convenhamos, a partir daí você já não pode fazer muita coisa, certo? (:
É sobre o sentimento que, as vezes, nos toma sobre as coisas que perdemos e que deixamos escapar. Ou que escapam da gente sem que possamos fazer nada. A falta, as lembranças e a nostalgia. O algo-especial que nos lembra de vez em quando e nos faz sorrir, com toda aquela recordação de felicidade que carrega os vestígios do sentimento; Mesmo que, este, tenha ido embora a muito tempo. Vocês não acham curioso, quando fecham os olhos e relembram algo de muito tempo antes e conseguem sentir aquela onda, nem que seja uma marolinha, do sentimento antigo, empoeirado, que faz seu coração bater mais rápido, os olhos brilharem e a saudade apertar? Eu sempre me assusto com isso. Como aquele vestígio de felicidade bate a sua porta e te abre um sorriso de novo. E mesmo que depois daquilo tenha acontecido coisas que só te botaram pra baixo e te fizeram querer esquecer, aquela lembrança fica guardada em seu véu de paciência, calmaria e beleza; intocada, até que venha a te fazer exatamente como fez quando aconteceu: feliz
Nem que pouco. Nem que você não perceba de imediato. Nem que a saudade te arrebate depois e a tristeza te feche os olhos brilhantes e faça escorrer arrependimento salgado pelo rosto. Eu peço que não esqueça o quanto foi feliz. Peço que não deixe que o mundo arrebate seu sorriso ou te amargue em arrependimento. Peço que mesmo que todo o resto em você morra, faça a lembrança daquele sentimento brilhante e encantador chamado felicidade continuar vivo em você. Talvez ele valha mais do que você imagina. Talvez ele seja tudo, só não tenha mostrado isso ainda a você. 




[ Isso era um texto enorme. Muito enorme mesmo. Que eu dividi porque começou a ficar meio sem nexo. (8
Eu viajo muito quando me deixo vagar. Então eu posto o resto depois e vocês tiram suas próprias conclusões sobre gostarem ou não (:
Eu não quero nunca perder o que eu tenho de vocês, seja bom ou ruim, só por ser vocês já tá valendo. 






Sentimento, você não sabe o que se passa aqui por dentro, sentimento para mim é documento de alguém que tem muito amor pra dar, muito amor pra dar  



sábado, 13 de novembro de 2010

Ajudar.

Hoje eu resolvi escrever sobre o que eu sei que muita gente já passou e se não passou, um dia passará: O levar - daqueles bem levados - na cara.
Hoje, eu fui muito feliz apresentar uma saída a uma situação chata que estava na minha sala, tudo estava correndo muito bem até acontecer que eu não escutei uma de minhas amigas dizer que não poderia fazer parte da nossa confraternização na data que todos estavam votando. Logo, uma pessoa levantou e falou comigo (como se eu devesse me sentir culpada por estar naquela situação) "Você diz isso porque você está passada." Eu simplesmente olhei para essa referida pessoa e respondi: "Pois é." 
Não,  se eu estou passada é por meus próprios méritos, porque eu fiz por merecer o chegar até o ponto em que eu poderia relaxar e me acalmar com relação aos estudos. Se eu cheguei a minha meta, ao meu objetivo, é porque eu me esforcei o bastante para que aquilo acontecesse. Certo?
Então, no final da aula, quando eu já havia abandonado toda a minha vontade de ajudar, minha amiga (uma amiga de quem eu gosto de verdade, uma amiga verdadeira minha) se levantou e disse: "Muito obrigada pela sua consideração."
Foi ali que eu entendi algo que eu nunca mais irei esquecer, por pura escolha minha: Se você quiser muito ajudar alguém - ou alguéns - lembre-se de descobrir se sua ajuda será bem vinda antes.


Mas chega de falar de mim, vamos ao fato inevitável que todos sabemos: Não adianta o quão boas sejam nossas intenções, haverá sempre momentos em que elas não valeram nada. 
Em alguns casos, nada é elogio. 
Eu não entendo muito de como isso pode acontecer. Sabe, você está disposta a ajudar as pessoas. Quer o melhor para elas, quer vê-las felizes, rindo, divertindo-se, você as quer o melhor, mas mesmo assim parece que isso não vale de nada. Eu não vejo como alguém pode ficar cego a esse ponto, ao ponto de ignorar a percepção de cuidado, paciência e compreensão que tentamos dar a quem merece, melhor, porque nem todos realmente merecem todo esse nosso cuidado, a quem nós gostamos, a quem queremos felizes. Algumas vezes esse mesmo gostar nos cega, nos impede de ver que talvez certa pessoa não mereça, nem mesmo uma gota dele. 
Porém, eu também acredito que não daríamos ouvido a esse fato mesmo se ele estivesse estampado na sua frente ou escrito em letras garrafais em um outdoor bem na porta de casa. Talvez não seja exatamente culpa de alguém, talvez seja só a mania que todos temos de querer o melhor e nos esforçarmos mais se esse mesmo melhor não acontecer.Talvez seja a atenção demasiada que mima. Talvez não. 
Talvez seja somente a busca de todos nós pelo melhor para nós. A busca pela felicidade em que todos estejam incluídos. 
Quem sabe, talvez nenhum talvez possa explicar o que nós fazemos.
Nem mesmo nós mesmos.