sábado, 25 de dezembro de 2010

Daquelas!

Eu não sou o tipo de garota que desobedece, sabe. Eu sou daquelas que não correm atrás dos obstáculos e sim, que deixam eles virem, para ai sim enfrentá-los. Eu não sou do tipo de garota que tem atitude para absolutamente tudo. Dizem que garotas comportadas não fazem histórias. Eu digo que garotas comportadas pensam duas vezes em qual tipo de história fazer. Eu não quero ser lembrada por quantos eu fiquei ou pelo que eu fiz de ruim, de ousado, de assustador, de anormal. Eu quero ser lembrada por quem eu conheci, pelos que eu fiz de amigos, por quão linda, simpática, gente boa e interessante eu sou. Eu não quero que me apontem na rua, eu quero que me acenem.
Eu sou daquelas que remoem mas não falam. Que odeiam mas fingem. Que quando confrontadas, respondem e que caso contrário, deixam a situação de arrastar. Sou daquelas que não precisam de motivos pra gostar de alguém e levam isso mais como defeito que como qualidade. Sou daquelas que amam com paixão. Que sofrem por escolhas antes mesmo de fazê-las. E que se arrependem fácil.
Eu sou daquelas fáceis de gostar e que gostam fácilmente. Das que quando sentem segurança, acabam deixando algo escapar.
Sou daquelas que esperam muito e quando não recebem se decepcionam mais ainda. Mas que sofrem caladas. Sou daquelas carinhosas, amigáveis e tímidas. Das que não gostam de brigas mas, incrivelmente, acabam se metendo em cada confusão, em cada problema...
Eu sou daquelas que PRATICAM O APEGO. Se ligou?
Das que gostam mesmo, sorriem mesmo, ligam mesmo e sofrem mesmo. Das que se importam com as amigas que não se importam com elas. Das que se importam com a felicidade de todos ao seu redor como se fosse a sua própria felicidade. Felicidade essa que as vezes é deixada de lado, com a desculpa comum de ser por um bem maior.
Mas, apesar disso tudo, sou daquelas que não se acomodam. Que correm atrás do que querem (dependendo, claro, do que seja). Sou das criativas, complicadas e não muito comuns. Das lerdas e lentas. Das que adooooooooram esportes. Das que se preocupam com o corpo e com a saúde, das que se preocupam com as notas. E com as faltas - todas elas.
E sou daquelas, também, que querem principalmente mudar essa situação.
Eu queria ter mais confiança em mim mesma e no que eu quero. Queria não ser tão indecisa e me preocupar menos. Muito menos. Queria ser menos tímida e mais solta. Queria ter menos vergonha e não ligar se o que eu estiver fazendo for o que eu quero.
Queria não pensar dez vezes antes de me jogar numa pista de dança. Queria ser mais eu e menos o que querem que eu seja. Queria ter menos medo e mais ousadia.
Mas só querer não muda nada. Só pensar, só me interessar... Não é nada sem o fazer. Tá ai, queria fazer mais ao invés de apenas listar minhas precisões. Queria depender menos dos outros e muito, mas muito mais de mim.
Talvez o erro seja só meu, por esperar das pessoas, o que só pode vir de mim.


domingo, 12 de dezembro de 2010

Break *-*

QUERIDOS, QUERIDOS (8
Eu tenho uma notícia ruim e outra boa, então vou falar as duas na ordem que convém. A ruim é que eu estou saindo de férias (essa é ótima, mas só vale pra mim, creio.) e por isso vou ficar um tempo sem postar. Porém, lá no Cinco Bics minha amiga vai continuar postando nos dias que forem pra mim postar. Só que tem um porém, os posts de lá, já foram todos postados aqui :/
Mas, mesmo assim, quem não conhece poderá conhecer os outros 4 maravilhosos escritores que fazem parceria comigo lá! (8
Eu desejo a todos um MARAVILHOSO Natal e um MAIS MARAVILHOSO AINDA Ano Novo. :*


P.S.: Eu volto de viagem no dia 23, mas devo postar até o dia 30, quando eu viajo de novo (:

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Sou RUIM, é. 8)

Eu vi uma comunidade interessante, hoje.
O amor é para os fracos.
Os bons não choram, não sofrem, não sonham pela pessoa amada, não se iludem, não tem amores platônicos e não-correspondidos. São auto-suficientes.

Me diz uma coisa? Qual a graça nisso?
Fala sério. Como alguém pode gostar de não necessitar de ninguém? De não querer aquele carinho, aquele abraço apertado, o suspiro no peito, o amor sem fim? [é, tirei da música, haha 8)]
Os bons não choram; Logo, não amam, não se emocionam, não se sentem felizes a ponto de deixar escorrer pelo rosto. Nunca vão sentir aquela saudade apertada ou sonhar com as lembranças daquele ultimo encontro, do ultimo beijo, da despedida. Nunca esperam um reencontro, são auto-suficientes.
Não precisam de amigos, família, apoio ou base. São idiotas.
Nunca vão correr ao encontro da mãe. Nunca vão pular no colo do pai. Nunca vão deitar no colo dos dois e pedir dengo por um olhar. Nunca vão dizer um eu te amo verdadeiro olhando nos olhos.
Assim como NUNCA vão receber um.
Nunca vão sentir falta da melhor amiga. Da que tá distante, que mora em outra cidade. Nunca vão ter pra quem contar segredos porque "bons não precisam ter segredos". Nunca vão chorar com o carinho de alguém MUITO AMADO.
Nunca vão sentir aquele abraço apertado. Aquele apoio que não te deixa vacilar e NUNCA te deixa cair. Sabe porque? Porque "bons não caem, bons não precisam de apoio, bons são bons SOZINHOS".
Sim, e qual é a graça disso mesmo? Eu quero é chorar, me acabar de amor. Quero saudade apertando meu peito porque é isso que diz o quão forte e importante aquilo foi pra mim. Quero beijos ardentes, quero abraços apertados. Quero tudo o que bons não têm direito. Eu quero meus amores não correspondidos, quero minhas ilusões, meus erros, minhas lágrimas mais salgadas, quero meus beijos, minhas lembranças mais sofridas, meus amores super platônicos, meus sonhos, quem vai abrir mão de sonhar? Ah é, os bons.
Pois SIGAM-ME OS RUINS. Os horríveis, os que choram, os que sentem, os que amam, os que SONHAM, os que amam e que sofrem, os que lembram, os que VIVEM DE VERDADE.
Eu quero o amor que os bons não precisam. Pro inferno com sua auto-suficiência defeituosa.
Quero lágrimas nos olhos, quero lembrar de quem perdi, quero cuidar de quem eu tenho, quero me apaixonar todo dia por mim, por outros, por tudo, PELA VIDA.
Eu quero tudo o que os bons NÃO TEM e nunca, nunca vão entender como é BOM ter.

Comunidade no Orkut. 8)

sábado, 4 de dezembro de 2010

O fim de um inicio que começa aqui, ó ♥

Ontem, foi meu último dia de aula, junto com a confraternização da minha sala. Para a maioria de nós, estamos juntos desde antes da quinta série. Eu, por exemplo, estou com eles desde a primeira. Ano após ano. Há pessoas, é claro, que me marcaram mais que outras. Que fizeram parte da minha vida de um jeito INCRÍVEL. Indescritível e extremamente especial. E eu gostaria muito de agradecer a elas.

O fim de um início é definido de um jeito muito simples. Acabou. Por certo espaço de tempo, muitos não se verão, falarão ou se quer lembrarão das coisas boas que aquela pessoa fazia para você no dia a dia. Não lembrarão do sorriso de todos-os-dentes, dos bons dias desejados, das ajudas, da simpaticidade. Não ligarão para isso. Eu acredito que também farei parte dessas pessoas. Há pessoas com quem a proximidade de todo dia não foi profunda ou se amargou com discussões idiotas. Mas há um fato que eu não posso mudar, que é universal. Eles me fizeram quem sou hoje. Não só eles, mas todas as pessoas que já passaram pela minha vida. A desconhecida guria da praia. A professora louca da alfa. A primeira paixão. O primeiro amor. O primeiro beijo, o primeiro namorado. Os amigos verdadeiros. Os nem tão verdadeiros assim. Os só conhecidos. Os amores. Os ódios. Todos.
Talvez, se eu não tivesse conhecido aquela menina banguela, de cabelo curto e de pele morena em uma viagem e descoberto que ela tinha o mesmo nome que o meu, eu não gostaria dele como gosto hoje. Talvez achasse ele muito incomum, curto e chato. Lisa. Puramente sem graça. E se não tivesse estado no apartamento pequeno, apertado e confraternizado com a mulher da porta do outro lado do corredor eu não tivesse gostado tanto de sorrir sem ter pra que, talvez não fosse simpática e na verdade, acabasse sendo alguma metida que se acha auto-suficiente e que não precisa distribuir sorrisos e nem gosta de recebê-los. Urgh. Ou se não tivesse amado perdidamente aquele garoto, o mais velho, que nem sabia que eu existia e que eu queria que continuasse assim, talvez eu me tornasse alguém que não acredita nesse sentimento tão bonito, que não se apaixona fácilmente e que não se apega. Pior ainda, talvez, se meu querido amor platônico acabasse descobrindo de sua existência em meu coração, acabasse por destruir minha ilusão e transformasse meu amor perfeito em um amor-não-coorespondido-e-desgostoso e assim eu me tornasse amarga. Triste. E desacreditasse no meu gostar sincero.
Chega é dificil pra mim imaginar. Eu, desacreditando no amor. No gostar, no querer. Meu deus, que mundo seria esse em que eu não teria chorado meus horrores porque meu coração batia tão forte no peito e ninguém lhe dava a atenção merecida? Que mundo maluco, sem noção e de sem-pé-nem-cabeça seria esse em que eu não amasse como eu amo, não sofresse com esses mesmo amores para poder aprender com eles, poder crescer com eles e entender que nada é realmente perfeito. Que, na verdade, o perfeito somos nós quem construímos, a cada dia, a cada momento compartilhado, a cada palavra dita com sinceridade. E que a amizade é a força mais incondicional e necessária. O pedaço que sempre falta. E que sempre completa.
O que seria de mim? Se não, não existir?

O que me faz e define são meus momentos, meus erros, minhas paixões mais sofridas, mais amadas e mais fortes, meus choros - aqueles mesmos, do chão do banheiro, de tarde da noite, de encharcar meu travesseiro ou de derramar rios na frente do pc, lendo e relendo uma única frase, uma única conversa - mais ardidos, as batidas mais aceleradas do meu coração, os sorrisos mais lindos, mais dedicados e até os mais difíceis. Os olhares mais sedutores, mais interessantes e mais atentos e felizes que eu possa ter dado. É tudo meu que foi de outros.
Eu própria, descubro agora que não me pertenço. Pertenço a mil pessoas. A todos que passaram pela minha vida e me conheçeram, ou apenas me viram. Todos os que gostaram de mim, que se apegaram, que me sorriram, que dividiram ou não momentos comigo. Eu pertenço a meus amigos, a minha família. Eu pertenço aos meus amores, eles e elas.
Eu sou lembranças, assim como eles, que durarão para sempre. Aqui, ó