segunda-feira, 11 de julho de 2011

Desabafo

Faz tanto tempo que não escrevo que acho que já me esqueci como se faz. Na verdade, tenho o sentimento que me esqueci de muitas coisas. Se me esqueci naturalmente ou escolhi esquecer já não sei, não consigo me analisar a esse ponto. Mergulhar dentro de mim em busca das respostas que ultimamente tem me enlouquecido.
Perdi chances de coisas que, antes, daria tudo para ter. Mas como?
Parei, muitas vezes, e pensei sobre isso mas quem disse que a resposta apareceu? Pelo contrário, pareceu sumir de mim mais uma vez, como costuma fazer agora e como nunca fez antes.
Sempre fui das mais calmas, quietas, caseiras. Das que escutam MPB, que adoram um carinho e que se apaixonam ao "oi". Meu maior defeito e característica. Causa de experiências amorosas devastadoras e de arrependimentos mortais, mágoas que perduram até hoje, medos que me fizeram perder o que mais se fazia lindo em mim: minha crença tão sublime naquele amor. Aquele mesmo, o que será meu e que me fará tão bem que... Jesus!
Perdeu-se, passou. Que posso fazer? Nada. Como gostar? Não se gosta. Não se apaixona. Não se apega.
Como viver desse jeito? É tudo tão... mais ou menos. Minha criatividade se perdeu. Minha tão sublime inspiração se foi. Que faço? Espero.
Talvez, na verdade, esteja errada. Talvez não seja que eu não consiga amar, mas que não queira. Pelo mesmo medo antigo. Pois que seja, pra mim já "tanto faz".

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Bem que me avisaram.

Eu não sei bem como começar, acho que cheguei a fase onde descobrimos que tudo que nos avisaram antes eram verdade e que você veio fazendo várias coisas erradas sabendo o que era certo. Que insistiu na letra B quando a certa era A. Agora digo que acredito nas mudanças das quais fui avisada e não dei atenção. Em todos os avisos sobre quem prestava e quem não e sobre o que era certo e errado. Acredito que nem tudo é pra sempre. Que amor só de mãe. Que agente se cansa mesmo de quebrar a cara.
E acredito ainda mais fielmente na famosa frase da qual não sei quem foi o gênio que criou: "Quando você está interessada, nada. Quando você não está, tudo."
Eu mudei. Do jeito que haviam me avisado e eu não acreditei. Meu desapego tão odiado. O desleixo com o amor que eu não entendia. É tão estranho quando tudo que falam acontece com você.
É dificil não sentir meu coração acelerar, bater forte e reclamar. Não respirar fundo quando alguém se aproxima. Não querer ninguém perto de mim. É muito estranho não chorar por um motivo idiota. Não sentir ciúmes e não ligar pra ninguém mais do que pra mim. É complicado quando tudo que você fala do amor se volta contra você. E quando você deixa de amar porque sabe que mesmo com toda a perfeição, ele machuca mais do que tudo.
Eu simplesmente me sinto mais fria. Não com os outros, mas por dentro. É como se tudo que eu já senti não passasse de um sonho e as coisas não fossem mais tão certas (ou erradas) ou complicadas (ou fáceis). Eu tinha mania de querer me apaixonar. Porque eu gostava daquele calor que tinha por dentro.
Eu não tenho mais essa mania hoje.
Muito pelo contrário.
Eu não sinto mais essa vontade. Eu não quero sentir o calor por dentro. Eu não quero dar valor a algo (ou alguém) e não receber em troca. Estou cansada. Quero mais paz.
Quero paz pra tuuuudo. Porque acredito que seja mais fácil assim.
Sei que posso estar sendo contraditória, mas se eu também lhe avisar da fase que lhe espera você irá fazer o mesmo que eu. Rir, dizer "arrã, tá certo" e dar as costas aos avisos que lhe poupariam muita coisa. Então só digo o que realmente importa e o que você irá descobrir que é verdade: Sua vez vai chegar. E assim como eu, você vai ver como é estranho. E o quanto certas coisas fazem falta.

Portanto, só digo boa sorte queridos, vocês vão precisar.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Desapego.

Eu me sinto diferente, por esses dias.
Conheci pessoas, fiz novas coisas e retomei hábitos antigos e esquecidos. Por causa deles, até, esqueci do blog. Do desabafar. Porque, sinceramente, eu não estava - e nem estou - precisando.
Coisas novas aconteceram. Coisas boas.
Virei uma anti-social contraditória. Que adora conversar com novas pessoas, mas que está sem vontade de sair de casa. Eu vejo a mesma, agora, como uma fortaleza deliciosa, onde posso fazer o que quero e, por esses tempos, minhas vontades são simples: Tv, internet, jogos.
Minhas amigas enfrentam as mesmas mudanças que eu e isso me fez pensar: São culpa das férias ou somos nós? Mudamos por falta do agito ou simplesmente descobrimos que o agito não é tão necessário assim?
Todas viajaram, curtiram, claro, mas enquanto quietas nessa nossa cidade pequena a calmaria pareceu pegarnos. E prendernos. (e não faço idéia se essas mesmas são palavras que existem.)
Nesse mundinho gostoso nosso, onde somos nós e nós, e só precisamos fazer isso: sermos nós - quietas e calmas em casa, na frente do portão ou simplesmente resenhando com as amigas.
Eu não sei o que me levou a escrever hoje mas não foi vontade, isso é claro.
Talvez fosse simplesmente a vontade de falar como mudei em pouco tempo, a calmaria do viver se instalando gostosa em mim. Daquele jeito que você para de ter preocupações e não as deixa alcançar-te também. É bom, muito bom.
Mas também enjoa e logo estou a fim de uma festinha ou uma dança. Algo que me canse, algo que me bote pra cima. A música mexendo comigo e me fazendo outra pessoa como sempre faz.
E descubro que sou duas pessoas. A eu, que sou eu quieta e calma na santidade de minha fortaleza-casa, e a eu, que sou louca e pirada e que converso e brinco e impressiono com isso (não sei porque, verdade).
E tenho promessas a cumprir.
E tenho loucuras a fazer.
E sem tchau, digo sem mais.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Ai. Meu. Deus.

Eu, de verdade, estou prestes a ter um ataque cardíaco. 
Eu sempre imaginei como seria, o que aconteceria comigo, quem seria (variava de acordo com minhas paixões momentâneas), qual minha reação... Quando eu finalmente ganhasse meu buquê de rosas vermelhas.
Eu sempre quis recebê-las. Todo mundo percebe pelos meus posts, claro. Sempre imaginei que seriam daquele admirador secreto dos filmes americanos água-com-açúcar. 


Eu sei que você lê meu blog. Sr. 8 letras. HAUSHAUSHAUSHAUSH. Só quero dizer que, seja lá quem você for... Muito obrigada por me dar o meu primeiro buquê de rosas.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A vida muda quando a gente muda... ?

Eu resolvi parar de ter piedade de mim. Parar de tentar agradar - os outros e a mim. Resolvi crêr menos em tudo e ser mais cética e muito mais desconfiada. Resolvi criar meus próprios problemas ao invés de tentar resolver os dos outros. Além de que, agora tenho pra mim que devo solucioná-los cedo. Antes que o que eu quero mude, antes que quem eu amo vá embora, antes da chance se esvair.
Acho que devo tentar mais do que ponderar.
Mas acho ainda mais que devo aprender a como fazer isso. Acredito que devo conhecer mais - a mim mesma e aos outros e as coisas. Resolvi amar mais meus amigos. Enlouquecer pela minha família. Cair de amores por meus irmãos. Resolvi que devo muito mais a eles do que posso pagar e decidi, então, pagá-los com minha dedicação e carinho, que é o que posso oferecer.
Acho que vou tentar ser mais organizada. Ter menos tempo pra pensar no que devia ser e ir fazer algo que mais tarde eu diga que foi. Resolvi tentar montar uma rotina.
Me apegar mais a minhas coisas e finalmente arrumar meu guarda-roupa. Resolvi procurar o que perdi. Mesmo que não tenha esperança alguma de achar.
Resolvi não me apaixonar. Resolvi gostar, mas esquecer daquela outra coisa especial demais pra que eu consiga fazer dar certo. Complicada demais pra minha pouca paciência. Estressante demais pro resto da minha capacidade de relaxar. Boa demais pra ser verdade.
Estou praticando minha capacidade de criar. Mesmo duvidando dela. Estou tentando melhorar minha capacidade de aprender. Mesmo achando-a já muito desenvolvida. Quero inovar.
Resolvi aumentar meus horizontes, minha rede social e meu amor-próprio. Resolvi me achar.
Quero sair. Quero ficar na boa.
Resolvi desistir de fazer minha mãe entender o que significa minha privacidade e meu direito de escolher o que eu quero e vou fazer. E também de fazer meu pai entender que minhas conversas estão incluídas nesse direito. Isso sem contar que desisti de tentar fazê-los entender que eu sou inteligente o bastante para não fugir com ninguém que conheci por esse poço de mentiras que é a internet.
Tô me jogando na música. Esquecendo dos problemas.
Estou conversando mais com os outros. Estou mais simpática, mais situada e muito, muito mais tímida.
Estou mais louca e mais engraçada.
Estou contraditória.


Meu coração bate mais devagar. Finalmente ele segue o ritmo que eu sempre quis. Finalmente ele se acalmou e entendeu que não pode ficar mandando em mim. Hoje tenho pessoas maravilhosas ao meu redor. Umas que só são maravilhosas na minha frente, é verdade, mas todos nós não temos isso também? Hoje gosto mais de tudo. Hoje escuto o que eu quero e não o que eu achava que devia, pelos outros.
Resolvi olhar e andar pra frente. Resolvi fazer de tudo. Resolvi parar - várias coisas, várias pessoas. Quero sorrir mais. Chorar mais, por melhores razões. Quero ver menos TV, usar menos PC, ir mais na academia. Quero estudar mais, me preparar melhor. Quero conseguir tudo o que quero e manter todas minhas resoluções. E fazer meus achos virarem ações concluidas.


Eu tenho sede de mudanças pra mim. E, quer saber? Eu desejo o mesmo pra você.