quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Desapego.

Eu me sinto diferente, por esses dias.
Conheci pessoas, fiz novas coisas e retomei hábitos antigos e esquecidos. Por causa deles, até, esqueci do blog. Do desabafar. Porque, sinceramente, eu não estava - e nem estou - precisando.
Coisas novas aconteceram. Coisas boas.
Virei uma anti-social contraditória. Que adora conversar com novas pessoas, mas que está sem vontade de sair de casa. Eu vejo a mesma, agora, como uma fortaleza deliciosa, onde posso fazer o que quero e, por esses tempos, minhas vontades são simples: Tv, internet, jogos.
Minhas amigas enfrentam as mesmas mudanças que eu e isso me fez pensar: São culpa das férias ou somos nós? Mudamos por falta do agito ou simplesmente descobrimos que o agito não é tão necessário assim?
Todas viajaram, curtiram, claro, mas enquanto quietas nessa nossa cidade pequena a calmaria pareceu pegarnos. E prendernos. (e não faço idéia se essas mesmas são palavras que existem.)
Nesse mundinho gostoso nosso, onde somos nós e nós, e só precisamos fazer isso: sermos nós - quietas e calmas em casa, na frente do portão ou simplesmente resenhando com as amigas.
Eu não sei o que me levou a escrever hoje mas não foi vontade, isso é claro.
Talvez fosse simplesmente a vontade de falar como mudei em pouco tempo, a calmaria do viver se instalando gostosa em mim. Daquele jeito que você para de ter preocupações e não as deixa alcançar-te também. É bom, muito bom.
Mas também enjoa e logo estou a fim de uma festinha ou uma dança. Algo que me canse, algo que me bote pra cima. A música mexendo comigo e me fazendo outra pessoa como sempre faz.
E descubro que sou duas pessoas. A eu, que sou eu quieta e calma na santidade de minha fortaleza-casa, e a eu, que sou louca e pirada e que converso e brinco e impressiono com isso (não sei porque, verdade).
E tenho promessas a cumprir.
E tenho loucuras a fazer.
E sem tchau, digo sem mais.

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